Visando turbinar o potencial econômico do polo moveleiro a Prefeitura de Parauapebas iniciou uma série de medidas e ações que estão sendo tomadas para beneficiar cerca de 115 micros e pequenas empresas que sobrevivem em meio a problemas como a falta de matéria-prima legalizada para a produção de móveis, de recursos para ampliar seus negócios e, o que é bem mais preocupante, falta de regularização fundiária.
Até o final de 2022, a prefeitura pretende reverter essa situação.
“Nós já começamos as ações para a solução desses problemas. Entre elas, iniciamos o processo de regularização fundiária, o georreferenciamento da área, o desmembramento da área do polo em relação à área total da fazenda, a aquisição de madeira através do processo de parceria e doação com o Prosap, que já está acontecendo”, afirmou Max Alves, diretor de Desenvolvimento da Secretaria de Desenvolvimento de Parauapebas.
As ações da Prefeitura foram anunciadas na sexta-feira, 14, no encontro da SEDEN com os moveleiros, para a entrega da madeira suprimida das áreas por onde passam as obras do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap).
Na primeira entrega foram cerca de 500 metros cúbicos de madeira, a grande maioria da espécie gameleira. O acordo de doação foi assinado dia 12 de novembro de 2021 com a Cooperativa da Indústria Moveleira e Serradores de Parauapebas (Coopmasp) e irá perdurar até o Prosap concluir a supressão vegetal em sua área de abrangência.
Da entrega, participaram o titular da Seden, Mariano Júnior, e diretores da secretaria; o vereador Francisco Eloécio (PP), de quem partiu a indicação à prefeitura para a doação da madeira; o presidente da Coopmasp, Sérgio Ferreira; o pastor Clemilton e um grupo de moveleiros.
Mariano Júnior Secretário de Desenvolvimento de Parauapebas assegurou aos moveleiros que a prefeitura irá atender a todas as demandas do Polo. Ele reconheceu que há problemas burocráticos para a regularização fundiária do local, mas que é grande o empenho da Seden para a titulação da área de 24,2 hectares. “O Polo Moveleiro será regularizado, sim”, assegurou o titular da pasta.
Durante o encontro também foi anunciado que já está em andamento a abertura de uma linha de crédito específica para eles comprarem, além de madeira, insumos e equipamentos para alavancar seus negócios.
“O Banco do Povo trabalha com orçamento anual e a linha de crédito (para o Polo) foi incluída no planejamento deste ano do banco”, informou David Lima, Coordenador Geral do Banco do Povo.
A Seden anunciou que realizará cursos de capacitação para formação de mão de obra qualificada. E sobre a notícia de que os moveleiros seriam retirados do polo, o titular da Seden informou que a notícia não procede.
“Nós já estamos pensando e trabalhando no curso de madeira com resina, que hoje é tendência no Brasil e no mundo, para que os moveleiros possam agregar mais valor aos seus produtos. O polo é dos moveleiros e vai continuar sendo. Se um dia eles saírem daqui será para ir para uma área melhor, mais estruturada e com maior potencial de crescimento” afirmou Max Alves.
Reportagem: Redação Portal Carajás Notícias / Fonte: ASCOM-PMP