As doses da vacina contra a covid-19, para o público infantil não são as mesmas utilizadas na vacinação de adolescentes e adultos. E apresenta dosagem, composição e concentração diferenciadas. A tampa do frasco do imunizante ajuda a não confundir: laranja para crianças e roxo para adultos, a fim de auxiliar os profissionais de saúde na hora da aplicação e alertar aos pais e responsáveis.
O esquema vacinal inclui duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. Os que completarem 12 anos de idade nesse intervalo podem prosseguir com o esquema de aplicação da segunda dose normalmente. As vacinas contra a Covid-19 para o público infantil estão incluídas no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A principal recomendação é que a criança se desloque até o posto de vacinação acompanhada dos pais ou responsáveis ou levando autorização por escrito. A dosagem e composição também são distintas das utilizadas nas doses para maiores de 12 anos. A vacina é aplicada no braço das crianças. A seringa a ser utilizada em crianças deve ter 1 ml (de agulha fina) e ser preenchida com apenas 20% do líquido. O armazenamento nos postos também é diferente. Enquanto a dose em uso no Brasil pode ficar apenas um mês em temperatura de 2ºC a 8ºC, a dose infantil amplia esse prazo para 10 semanas.
As secretarias Municipais de Saúde também devem estar atentas a outras recomendações, como aplicar a vacina em crianças em ambiente específico e separado da vacinação de adultos, acolhedor e seguro. Após imunizadas, as crianças devem ficar por pelo menos 20 minutos no local para observação, em caso de eventuais reações.
As Unidades Básicas de Saúde precisam evitar que a vacina contra a Covid-19 seja administrada junto com outras vacinas do calendário infantil. A orientação da Sespa é cumprir um intervalo de 15 dias entre uma aplicação e outra. Não é recomendável, ainda, que a vacinação a crianças seja em postos na modalidade drive thru.
No Pará, 1.021.778 crianças de 5 a 11 anos estão aptas à vacinação contra a Covid-19. Os municípios são os responsáveis pela aplicação das doses. De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação infantil deve priorizar grupos com deficiência permanente ou comorbidades, além de crianças que vivam na companhia de pessoas com alto risco de evolução grave da Covid-19. Na medida em que mais doses cheguem ao Pará, as crianças das demais faixas etárias serão imunizadas.
Reportagem: Redação Portal Carajás Notícias