Segundo relato do educador particular, que é homossexual, o orientador pediu que ele se retirasse da sala de aula, ‘Fui discriminado ontem e não vou deixar barato! Vou correr atrás dos meus direitos!’
Humilhação, impotência, tristeza, raiva.
Com essas palavras, o educador Uallas Lucas de Sá definiu como foi a noite dele nesta quarta-feira (10). Acompanhando uma amiga em uma aula na Escola Tancredo Neves, Uallas, que é homossexual, afirma que passou por um constrangimento difícil de esquecer.
Segundo ele, o orientador da escola solicitou, após o intervalo, que Uallas deixasse a sala de aula em que estava para evitar que os demais alunos se constrangessem com a sua aparência ou personalidade. Segundo ele, o diretor mandou o recado para que ele deixasse a sala de aula pela amiga. “Não entendi a razão deste pedido. Eu estava quieto, na qualidade de ouvinte e até agora estou tentando entender o que eu fiz de errado” questiona.
O educador não consegue esconder a sua revolta. “Eu tenho alguma doença? Sou um assassino? Sou ladrão? Não há explicações para o que eu passei ontem. Isso é homofobia, é crime! E eu é que sou retirado da escola… Se eu estivesse incomodando por conta da minha conduta, o professor é que deveria me tirar dali, mas não! Eu estava quieto!”
Uallas vai além e desabafa. “Eu já cansei de sofrer preconceito por ser quem eu sou; agora eu luto pelos meus direitos. Fui discriminado ontem e não vou deixar barato! Vou correr atrás dos meus direitos!”
O orientador ainda não se manifestou sobre o ocorrido.