Ex-gestor de Marabá é acusado de estar envolvido em esquema que desviou mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos do município
Prefeito eleito de Marabá com mais de 56 mil votos em 2012, João Salame está preso neste momento. O político foi em cana na manhã desta quinta-feira (18) durante a operação Partialis da Polícia Federal. O ex-gestor do município foi encontrado em sua casa, localizada em um condomínio de luxo em Brasília, cidade em que trabalha desde o ano passado como gestor de um setor do Ministério da Saúde. A suspeita é de que Salame tenha desviado mais de R$ 2 milhões em verbas dos cofres públicos da cidade em que foi prefeito entre 2013 e 2016.
Por meio da operação, quatro mandados de prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão e outros quatro de prisão temporária foram expedidos e cumpridos. A operação teve a parceria da Receita Federal, que auxiliou a PF no desvendamento dos crimes. O ex-chefe de gabinete e o ex-motorista do político também foram presos.
Durante as investigações, descobriu-se um esquema de ilícitos dentro da prefeitura, que consistia na cobrança de valores por parte de servidores municipais em troca da facilidade no recebimento de valores atrasados. A PF identificou um depósito de R$ 100 mil para uma “parceria”, como era especificado. Mas ao todo, os assessores diretos do ex-prefeito municipal sacaram em espécie, na boca do caixa das empresas que tinham contratos com a Prefeitura de Marabá, mais de R$1,5 milhão, segundo as investigações.
Outra quantia de R$1 milhão foi depositada na conta da esposa de um assessor do ex-gestor municipal, sendo que parte desses valores foram transferidos para as contas do próprio ex-prefeito. Também foi adquirido por um dos empresários investigados e presos durante a Operação Asfixia, uma aeronave que era de uma empresa com sede em Altamira.
Os investigados responderão pelos crime de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, uso de documento falso e apropriação e/ou desvio de recursos públicos. As penas podem chegar a 30 anos de cadeia.
(Com informações do G1)